sábado, 27 de junho de 2009

Silêncio

Vivi tanto, em tão pouco tempo, e com tamanha intensidade,
que a urgência desfez-se.
Passou a necessidade de ser vulcão, de ser tempestade, de ser furacão,
E quase gritando.. calo-me
Retraio, os músculos e o os modos.
Contenho a língua e dispenso as palavras
Apenas sinto
E encharcada de sentimentos
Transbordo
Ando na borda do mundo

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Menino

Pra que essa mascara?
Arranca isso menino, abre o peito, a alma e se joga..
Eu juro que te seguro.
E mesmo que não te segure...
te asseguro que o tombo é menos feio que seu esconderijo.
Não tenha medo menino, estou aqui para lhe consolar, esqueceu quem sou?
Não olhe para trás menino,
deixe o passado no seu lugar e aprecie o presente que o presente te deu.
E quando dias nublados como hoje lhe incomodarem...
Feche os olhos menino,
eu guiarei teus passos, ouvirei teus problemas,
terás meu colo para chorar e meu ombro para descansar.
Fique atento menino, meu coração não é de brinquedo e já é todo seu.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Medo

Dá medo
Medo de voltar e medo de ir em frente
Medo de pensar em quem eu sou
Medo de realmente me entender
E medo de ver o que já fui capaz de ser

Medo de não ser aceita por voce e de não aceitar-te
Medo de que as ondas do mar um dia não levem mais minhas lagrimas
Que não lave mais a minha alma

Medo de que a noite seja cada vez mais escura
Ou que o sol ao brilhar me cegue
Medo de que um dia o amor se negue
E que a juventude seja algo distante
Tanto quanto o descanso prometido da velhice

Medo que a cabeça não pare de doer,
Que o sono não venha mais
Medo do relogio, que congela a má hora
E que faz o tempo correr qdo deveria parar
Medo do que virá, do que viria e do que não foi.