terça-feira, 7 de julho de 2009

Verão gelado

Olhe pra mim,
Olhe bem pra mim,
Tudo o que vê é um reflexo da minha alma.
Então como pode dizer que não me conhece?

Você que tantas vezes tocou minha pele
Como pode não sentir a emoção fina que dela emanava?
Você que tantas vezes mergulhou em meu olhar,
Como não percebeu as ondas de sentimentos que ele revelava?
Seus lábios que tantas vezes os meus beijaram
Como não pode perceber quantos desejos eles lhe sussurravam?

O erro foi meu que sempre me mostrei a flor da pele?
Ou você, que superficial, nunca me tocou além da superfície?
Nunca me sentiu, nunca me teve.

E agra depois de tanto tempo, consigo perceber a quão ingênua eu fui,
Ao despir-me de você percebo que nunca o tive
Que apenas eu senti
E que sua frieza não era medo do amor, receio do novo ou velhice prematura.
Aquela frieza não era passageira,
Aquela frieza era você, era um reflexo de sua alma.
Mas eu vivi a historia, eu senti você, e talvez por isso eu sentisse tanto
frio naqueles dias quentes de verão.

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